August 30, 2006

Fecha a porta, apaga as luzes, vem deitar-te a meu lado...

Uma possibilidade de amar, ali mesmo à nascença,
Condenada
Uma perspectiva de futuro nunca concretizada
Mais dolorosa

Sente-se menos a desilusão, porém
Sente-se mais a não vivência
De um amor possível

Quando olho para os anos vindouros
Onde estiveste ao meu lado
Onde deixaste a tua aura
Onde a minha vida caminhava
Para um lugar seguro

Não queres essa partilha
E isso arrasa o meu ser

Não me permites viver
Esse amor tão possível

Morre à nascença
Ainda por definir

Há um vazio perdido
Numa imensidão de sonhos
Difícil de superar

Que falta sinto da magia
Do que não vivemos

Finalmente o meu coração
Abre uma porta discreta
Aprende a viver
Quer respirar

Num minuto
A porta é trancada
Encrava
Enferruja

1 comment:

L'enfant Terrible said...

Esse "títalo" é igual ao de uma música das Doce ;).

Bom poema.