April 17, 2010

Solidão

Solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma actividade com outra pessoa ou isolamento... mais porque os seus sntimentos precisam de algo novo que as trasforme.


Solidão não é o mesmo que estar desacompanhado. Muitas pessoas passam por momentos onde se encontram sozinhas, seja por força das circunstâncias ou por escolha própria. Estar sozinho pode ser uma experiência positiva, prazerosa e trazer alívio emocional, desde que esteja sob controle do indivíduo.

As pessoas podem sentir solidão por muitas razões e muitos eventos da vida estão associados a ela. A falta de amizades durante a infância e adolescência ou a falta de pessoas interessantes podem desencadear não só a solidão, mas também a depressão e o celibato involuntário. Ao mesmo tempo, a solidão pode ser um sintoma de um outro problema social ou psicológico, que deveria ser tratado.
Muitas pessoas passam pela experiência da solidão pela primeira vez quando são deixadas sozinhas quando crianças. É um pensamento muito comum, embora temporário, em consequência de um divórcio ou a perda de algum relacionamento afetivo de longa duração. Nesses casos, a solidão pode ocorrer tanto por causa da perda do outro indivíduo quanto pelo afastamento do círculo social do qual ambos faziam parte, causado pela tristeza associada ao evento.

A perda de alguém significativo na vida de uma pessoa tipicamente provoca um período de lamentação, onde o indivíduo sente-se sozinho mesmo na presença de outros. A solidão pode ocorrer dentro de um casamento ou relacionamentos íntimos similares quando há raiva, ressentimento ou quando o amor dado não é correspondido. Pode também representar uma disfunção de comunicação. Aprender a lidar com mudanças de estilos de vida é essencial para superar a solidão.

A solidão ocorre com frequência em cidades densamente populosas; nestas cidades muitas pessoas podem  sentir-se totalmente sozinhas e deslocadas, mesmo quando rodeadas de pessoas. Elas sentem a falta de uma comunidade identificável numa multidão anónima. É incerto se a solidão é uma condição agravada pela alta densidade populacional ou se é uma condição humana trazida à tona por tal estrutura social. De facto a solidão ocorre mesmo em populações menores e menos densas, mas a quantidade de pessoas aleatórias que entram em contacto com o indivíduo diariamente numa cidade grande pode levantar barreiras de interação social, uma vez que não há profundidade nos relacionamentos, e isso pode levar à sensação de deslocamento e solidão.
 
E isto tudo na wikipédia...

April 13, 2010

Pequenos e grandes "ódios"

Hoje sinto-me especialmente sufocada... sinto que sou uma bomba quase a implodir. Tenho ressentimentos que me perseguem há anos, que pensava já estarem superados, mas que afinal persistem no tempo. Não consigo perdoar! Não consigo esquecer! Continuo ferida quando já não faz sentido. Estou presa, revoltada, com um nó na garganta... apetece-me dizer tudo o que sinto. A consequência disso seria desvastadora, o sentimento de culpa iria substituir a raiva. A alternativa é escrever neste canto em que posso ser eu.

Sinto que a minha vida está bloqueada por tudo isto. Sinto-me incapaz de amar. Não permito nem consigo abrir o coração. Para mim viver é doloroso. Não consigo perceber a tal "joie de vivre". Estar vivo é extremamente penoso, dói profundamente e não tem qualquer significado especial. Se assim sinto sou logo catalogada como estando deprimida. Já estive com uma depressão, sei como é ... não me sinto doente. Nunca fui diferente. Aprendi e cresci a ser sombria. Lutei a minha vida toda por ter outra alternativa e neste momento estou cansada.

Vivi sempre em função dos outros, de acordo com a necessidade dos outros, e da forma como os outros acham que devo ser. Fui-me traindo dia após dia. Cheguei a este ponto em que os culpo e não perdoo. Mesmo sabendo que o permiti, mesmo sabendo a minha responsabilidade nisso tudo... não consigo evitar.

Tudo se foi repetindo ao longo da vida e de todas as relações. Como que se houvesse uma demente necessidade de ter na minha vida pessoas que não me fazem feliz. Como que se só fizesse sentido viver com este tipo de sentimento.

Hoje em dia refugio-me na minha casa. As minhas cadelas são a única fonte para mim de bem estar. Só me sinto bem em casa com elas. Tudo o resto é extremamente penoso. Sou sociável e lido bem com as pessoas em geral, mas não deixo ultrapassar a barreira. Alguém que tente passar o limite é completamente afastado e trocidado por mim.

Odeio pessoas específicas... não consigo perdoar que tenham vivido as suas vidas sem nunca pensarem nas consequências para mim. Fui usada de acordo com as suas necessidades. Obrigaram-me a aprender a lidar com isso e a construir o meu caminho, sempre sozinha e sem rede. Hoje sou auto suficiente. Hoje estou bem. E é hoje que me exigem que volte ao que era. Pedem-me que me anule novamente porque a idade e a doença os faz precisar de mim.

Depois vem a raiva... pensei que já me tinha libertado de sentimentos antigos. Mas eles regressaram com as exigências. Depois vem o ódio, seguido da vontade de dizer tudo... e dizendo muito com muita intensidade, são surpreendidos por esses sentimentos duros. Depois vitimizam-se, ficam ofendidos e magoados. Sou má e dura.... tenho um feitio péssimo e afasto as pessoas. Depois vem o sentimento de culpa que me é incutido e por mim aceite.

Só tenho vontade de chorar por ser assim... dura. Mas também conheço o meu lado generoso. Ele existe. Sou solidária... sou correcta e justa. Mas esses aspectos não são reconhecidos. A maioria das pessoas que lida comigo não me conhece. Sinto-me traída pelas pessoas mais próximas. A traição causa-me humilhação.


Sou impulsiva, violenta com as palavras. Odeio injustiça. Odeio que humilhem as pessoas que gosto. Muito menos em público. Não medem as palavras nem os actos. E não gostam de ser confrontados com isso. E novamente vitimizam-se porque não tiveram a intenção de magoar. Como se não fosse esse o único objectivo... magoar quem já está com baixa auto-estima. Aliás o mais fácil é humilhar alguém que esteja com as defesas em baixo. Parecem abutres. A retirar energia a quem mais precisa dela.

Odeio injustiça. Odeio sentir-me assim com tanto ódio dentro de mim. Odeio esta vida. Odeio faltar-me a coragem para ter outra bem diferente.

Sei que tudo depende de mim. Tenho consciência do que acontece e como acontece e com que objectivo. E estou a ter uma extrema dificuldade em sair deste circlo. Estou atada de pés e mãos... acho que é medo. Tenho medo. E acima de tudo falta-me a força para o enfrentar. E estou a morrer por dentro. Sinto que me estou a desfazer por dentro... que estou a definhar. Sou nova e com garra e estou a ir para um sítio escuro e sem volta. Não sei o que fazer.

April 03, 2010

A relatividade das coisas

Existem momentos em que tudo se relativiza. Quantas vezes sentimos dor, raiva, fúria por situações que nos parecem injustas e até por ciúme. O tempo passa, a distância nesse tempo permite-nos também ver a nossa própria responsabilidade. Acabamos por entender o outro e entender-nos a nós próprios.

Por vezes temos a coragem de pedir perdão, mas nem sempre temos a mesma valentia para nos perdoar. Perante a adversidade tudo se torna relativo. Não vale a penas intentar contra os outros, quer com actos, quer com sentimentos, mesmo quando apenas reagimos ao que nos apresentam, mesmo com a nossa razão.

Somos todos humanos, com as nossas limitações. Mas o que importa é a nossa essência. A natureza de quem somos é que nos define. A forma como encaramos as nossas próprias acções e sentimentos,  a forma como tentamos ou não cair nos mesmos erros, o modo como entendemos o passado e como o visualizamos no presente.

Abrir o coração é o acto mais difícil que conheço. Por vezes parece-me impossível. Quantas vezes se encontra fechado com ressentimento, medo. Torna-se pequenino e sofre. Como abrir, dar fôlego, dar vida?

Relativizo tudo... não tenho certezas... só dúvidas... angústias... mesmo estando com consciência limpa, algo teima em me prender a sentimos passados. Já não fazem sentido e permanecem como lapas. Sufocam-me.

Desejo ardentemente apenas ser livre. Viver um dia de cada vez. Valorizar o que tenho. Ser uma pessoa melhor.

March 31, 2010

Fim de uma época, inicio de uma nova era

Esta é uma época de mudança. Sei que é bom para mim. No entanto há uma nostalgia teimosa. Há até algum sentimento de perda. Amanhã é outro dia e todo este sentimento muda. Mas, no agora... olho para trás e penso que foram dois anos intensos, com muitas definições, perdas e recuperações. Devolvi-me à vida. Senti, sofri, odiei... mas aprendi muito sobre mim, sobre quem me rodeia, sobre a relatividade das coisas. Aprendi sobretudo a ser fiel a mim própria e a seguir o meu caminho. Desejo calma, serenidade, honestidade e, acima de tudo, vontade.

March 30, 2010

Regresso

Quatro anos passaram... um regresso por acaso... ou nem por isso. Escrever liberta-me! E tinha esquecido o bem que me faz. Adoraria ter a força e a coragem de retomar a tudo o que me dá bem estar.

August 30, 2006

Sorry...

Mas só roubei um bocadinho assim:

"O amante (...) É alguém que já passou por uma experiência de vida única e que lhe permite ver as relações amorosas como elas são (ou devem ser)... abertas, sinceras e sem concessões. Algumas, felizardas, conseguem ter o seu amante privado. Outras, conseguem que ele seja o pai dos seus filhos e/ou que seja seu por um período finito de tempo. E o que todas elas têm em comum é que, durante o tempo em que estiveram com eles, se sentiram realmente amadas, de corpo e alma, viradas do avesso e postas a secar ao sol, sem se importarem nada apenas ansiando pelo momento em que ele as tiraria da corda, as tratasse com carinho e se aconchegasse nelas. Esses momentos valem tudo porque são verdadeiros, honestos e sinceros. Os amantes não fingem amar pelo que, quando amam, o fazem com toda a intensidade, com todas as fibras do seu corpo."

IN: http://oinconformado.blogspot.com/

Fecha a porta, apaga as luzes, vem deitar-te a meu lado...

Uma possibilidade de amar, ali mesmo à nascença,
Condenada
Uma perspectiva de futuro nunca concretizada
Mais dolorosa

Sente-se menos a desilusão, porém
Sente-se mais a não vivência
De um amor possível

Quando olho para os anos vindouros
Onde estiveste ao meu lado
Onde deixaste a tua aura
Onde a minha vida caminhava
Para um lugar seguro

Não queres essa partilha
E isso arrasa o meu ser

Não me permites viver
Esse amor tão possível

Morre à nascença
Ainda por definir

Há um vazio perdido
Numa imensidão de sonhos
Difícil de superar

Que falta sinto da magia
Do que não vivemos

Finalmente o meu coração
Abre uma porta discreta
Aprende a viver
Quer respirar

Num minuto
A porta é trancada
Encrava
Enferruja