Encontro-me sentada no limbo da vida
Antes tudo era penoso
A alma tinha um concreto desejo
De lavar essas mágoas
A tristeza que sentia
Era verdadeira
Dava o sentido necessário
Num ápice
Inverteu-se tudo
Libertei-me de imposições
Pressões, limitações
Pensei em ser livre
Vivi essa emoção durante um tempo
Foi curto
Hoje não consigo
Não quero
Regressar de onde saí
Puxada a ferros
Fui
Mas não há sentido
O que faço com uma liberdade
Construida
Idealizada
Não sentida
Nem antes experimentada?
Não sei lidar com a falta do peso de viver
Um imenso deserto aqui dentro
Nada sinto
Olho o mundo por detrás de um vidro
Não toco
Não vivo
Não quero sentir
Não reajo
Não hajo
Não existo
Parece-me impossível ser.
July 27, 2005
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Permite-me que te diga...
Em relação aos versos, excelente.
Em relação ao seu conteúdo. Melhor é possível :). Anima-te, o copo está meio cheio :).
Post a Comment